quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Raul pediu licença nessa aqui

Dessa vez não tem Raul.

Sai, sai, sai! Sempre a mesma titica! To cansado...
A clareza da razão, que por vezes parece me ajudar de forma tão sóbria, me abandona do mesmo jeito em forma de tapa, do tipo: Toma otário! Eu to aqui!

Argh!

Certas coisas nunca mudam...Karma? Sei lá. Não me importa o que é. É e não vai deixar de ser. E é melhor eu aprender logo, pois a vida dá o gostinho de certas coisas mas dentro do ovo tem sempre uma surpresa. Regras da vez: quando a esmola é demais o santo desconfia.

E ainda bem que eu desconfio, rs, é que quanto mais alto é o vôo, maior é a queda...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Por Quem os Sinos Dobram


Este terceiro post é apenas para transcrever um texto já escrito por mim há alguns meses, mas estava no meu fotolog, agora desativado.


E dizem que Raul tinha pacto com o diabo... Eu acho que ele só colocou em algumas notas aquilo que poucos identificam dentro si. Tudo aquilo que sabemos... ou melhor, não tem como chamar de “saber”, considerando esta qualidade a qualidade daquele que tem consciência do fato, digo isso para excluir o que muitos chamam de intuição. Sabe aquele clichê: “Escute seu coração” ? Então...é por aí. Tem gente que fica separando as coisas do tipo: “Meu coração diz pra eu fazer isso mas por outro lado eu sei que é “melhor” se eu fizer aquilo...”
Me parece claro que todo mundo sabe muito bem o que quer e pode com boa margem de acerto prever o que vai acontecer sempre. Isso não é para assustar. Parece um pouco radical, e é. Mas talvez seja a hora de pensar um pouco a respeito das vezes em que se pronunciou as palavras: “Eu sabia...”, ou às vezes nem se pronunciou...apenas ignorou o “eu sabia” e colocou a culpa no “como eu podia adivinhar que isso iria acontecer?!”. O fato de sermos humanos com limitações contribui para nos eximirmos da responsabilidade das nossas decisões. Não que a gente não vá assumir o que faz, de forma alguma. Nós vamos é nos apoiar no fato de não podermos prever o futuro para nos confortar e conviver com aquelas decisões que tomamos com o coração aberto (acreditando naquilo de verdade) mas que sabemos (categoricamente) que no fundo no fundo (outro clichê) está errado, queira se admitir ou não.
Agora provavelmente vem à cabeça a palavra intuição. Maldito foi o sujeito que chamou isso de sexto-sentido, como se fosse algo místico. Sinceramente eu acho que existem duas coisas misturadas aí... A primeira é a inteligência, incluindo aí a velocidade de raciocínio, capacidade de explorar internamente conceitos, emoções e vontades sem que depois de 10 segundos se pare para falar: “Vou parar de pensar nisso, vou ficar maluco!”. A segunda é como se fosse uma relação com nós mesmos. Sei que este último é complicado e isso foi tão vago quanto o próprio início do texto... Mas há de se encarar isso como... o modo como nós encaramos e principalmente lidamos com aquilo que pensamos e sentimos.
Essa relação, no que me concerne, é vital para a minha felicidade.
Ah...não acho que intuição não existe...pelo contrário, existe sim e confio muito na minha, só que não confundo ela com a minha “inteligência emocional”....taí! Achei um termo bom...

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Areia da Ampulheta


É um pivete encurralado. Porque o mundo é tão maior que os ouvidos e nariz doloridos de frio percebem. E o mundo, o planeta em que vegeta, já misturou tudo. Já deixou o moleque confuso, sem saber para qual lado. Para que lado eu olho? Pois bem, o moleque vive. Menino que é menino, é ávido pelo o que ele nem sabe. E já que não sabe, mesmo querendo saber, vira o ignorante cultivado!

"Esse é cultivado e é feliz. O feliz dos quadrados.
Que adora se pesar na balança,
Sem nunca se ter reformado.
Que pega a marmita, o ônibus e seu fardo,
Todos os dias para comer o boi diário servido em pratos.
Pois que seria um cão raivoso incosciente, até mesmo vagabundo conformado...
Ah! Mas antes cachaceiro mal amado, que triste-alegre adestrado!

De que interessa a idéia do redondo e do quadrado...?
Quando dói o peito, pouco interessa a geometria da doença.
Não importa a cor da pirâmide, nem o estado.
Afinal quem o carrega sou EU! E nessa bandeira não tem desculpa,
Não denuncia a fraqueza e muito menos pede clemência!
Mesmo nascido no lugar errado, sem saber para qual lado,
Esmirrado e com sede no lado mais leve da balança,
Quase desonrado, ignora a própria existência.

É um pivete encurralado"

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Mata Virgem

Primeiro post do blog. Tabu. Sábio Raul disse: "Estou vivo! Vivo, vivo, vivo como a rocha!"
Pois é, para que nossa existência não se resuma à mediocridade da covardia, há de se explorar, pensar, levantar e acima de tudo sentir!
Desse modo, assim como roubar manga com os moleques no quintal, a busca pela coragem de confrontar aquilo que me assola e que me faz feliz, eu criei o blog.

"O que amadurecer, e também o que não amadurecer,
vai cair no "chão". E sendo flor, ou mesmo botão,
vai se abrir pro meu amor, qual orvalho que não se enxugou.
Esse é o pasto, pelo qual minha coragem, por muito ainda não passou."

Essa veio sem eu esperar. Quando eu vi, tomou forma e "caiu"... Como muitas das coisas que ainda estão por vir.

Por último, e por primeiro, o título do blog também está passivo de interpretação. Trocadilho infame que ficou famoso pelo som que fazemos ao vomitar, este foi escolhido pela minha identificação quase etérica com o falecido cantor e compositor Raul Seixas. Vide o título do primeiro post (Mata Virgem, puro e extraordinário ode ao amor e a simplicadade) e os versos baratos que se seguiram inspirados na mesma canção.

Sem mais por enquanto.