sexta-feira, 4 de julho de 2008

Por Quem os Sinos Dobram


Este terceiro post é apenas para transcrever um texto já escrito por mim há alguns meses, mas estava no meu fotolog, agora desativado.


E dizem que Raul tinha pacto com o diabo... Eu acho que ele só colocou em algumas notas aquilo que poucos identificam dentro si. Tudo aquilo que sabemos... ou melhor, não tem como chamar de “saber”, considerando esta qualidade a qualidade daquele que tem consciência do fato, digo isso para excluir o que muitos chamam de intuição. Sabe aquele clichê: “Escute seu coração” ? Então...é por aí. Tem gente que fica separando as coisas do tipo: “Meu coração diz pra eu fazer isso mas por outro lado eu sei que é “melhor” se eu fizer aquilo...”
Me parece claro que todo mundo sabe muito bem o que quer e pode com boa margem de acerto prever o que vai acontecer sempre. Isso não é para assustar. Parece um pouco radical, e é. Mas talvez seja a hora de pensar um pouco a respeito das vezes em que se pronunciou as palavras: “Eu sabia...”, ou às vezes nem se pronunciou...apenas ignorou o “eu sabia” e colocou a culpa no “como eu podia adivinhar que isso iria acontecer?!”. O fato de sermos humanos com limitações contribui para nos eximirmos da responsabilidade das nossas decisões. Não que a gente não vá assumir o que faz, de forma alguma. Nós vamos é nos apoiar no fato de não podermos prever o futuro para nos confortar e conviver com aquelas decisões que tomamos com o coração aberto (acreditando naquilo de verdade) mas que sabemos (categoricamente) que no fundo no fundo (outro clichê) está errado, queira se admitir ou não.
Agora provavelmente vem à cabeça a palavra intuição. Maldito foi o sujeito que chamou isso de sexto-sentido, como se fosse algo místico. Sinceramente eu acho que existem duas coisas misturadas aí... A primeira é a inteligência, incluindo aí a velocidade de raciocínio, capacidade de explorar internamente conceitos, emoções e vontades sem que depois de 10 segundos se pare para falar: “Vou parar de pensar nisso, vou ficar maluco!”. A segunda é como se fosse uma relação com nós mesmos. Sei que este último é complicado e isso foi tão vago quanto o próprio início do texto... Mas há de se encarar isso como... o modo como nós encaramos e principalmente lidamos com aquilo que pensamos e sentimos.
Essa relação, no que me concerne, é vital para a minha felicidade.
Ah...não acho que intuição não existe...pelo contrário, existe sim e confio muito na minha, só que não confundo ela com a minha “inteligência emocional”....taí! Achei um termo bom...