segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Tá na chuva, é para se m...cantar!

Piscina que está fria
Primeiro se coloca o pé...

Um dia me empurraram
No outro eu caí
Uma vez eu me afoguei
Mas sim, já aconteceu
Já fechei o olho e me joguei

Mas no final das contas
É apenas água
Pode ser fria
Pode deixar resfriado
Mas pode trazer muita diversão
E também nos salvar do calor
Nos faz esquecer do resto
E até sem perceber
Embaçar a nossa visão...

Mas então, pois é
Para existir o forte
Tem que ter o fraco, num tem jeito!
Por isso que não há chefe
Sem o coitado do sujeito

Há de ser os dois, pois é uma dupla via
Não se abre uma porta de entrada sem arriscar sair alguém
Hoje um, amanhã o outro
Até que seja preciso adivinhar
Afinal, chefes não se jogam
Mas também não deixam o sujeito se afogar

Viajei?

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Não se explica a explicação

Claro, claro...com certeza
Na verdade eu mal me lembro
De algo diferente disso
Me passar pela cabeça

Nada com explicação ou previsível
Nada simples ou remediável
E também percebi que nem sequer existe um verde
Ao menos para mim... Daltônico inveterado

Não se explica para construir
E sim, se proclama a dor
Se mata o desejo
Se luta pra não desistir
Se cultiva o sorriso
Se confunde com o amor
Se escreve o coração
Se sacia o vício
Que motiva a minha mão

Quando explicamos algo
Automaticamente fica pra trás...
Quando sentimos algo
Sistematicamente vivemos mais...
Explicar, explicar e explicar
E depois? Vai... Quebra a cara!
Acho que minha tara é...
Ter uma tara!

Ultimamente...é querer escrever...
Sempre há mais o que conhecer...
Né?

sábado, 12 de dezembro de 2009

Ao que me cabe

Cabe um, cabe dois, cabe mil
Mas só caber não basta
Na minha casa também cabem trinta cachorros
Mas ninguém me vê morando em um canil

Eles brigam entre si
Sai mordida, latido e cão quebrado
O pior é que se entendem
Pois, cada cachorro no seu galho

Tem o que ladra
E ladra alto, chato!
Perturba! Chama o dono!
Esse eu solto de vez em quando...

Ah...tem sempre o...
Xiiii... Lá vem ele...
Balançando o rabo
Orelha em pé
Pega o osso, larga o osso
Chora minguado de carência
Corre pra lá, olhar triste
Abaixa a cabeça...
Pega o osso, larga o osso
Rabo entre as pernas
E vai se deitar
Fingindo bom moço

Tem um preferido, né
Pouca gente entende
Passa quase sempre despercebido
Esse a gente já sabe qual é

Qual o seu cão preferido?

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Formalmente torto

Pois é,
A idéia é curta
Mas não a vontade
E a mão??
Ah, a mão...
Fica cheia de ansiedade!

Mas o traje?
Aha! Meu paletó é de trapo
Meu sapato é sem cadarço
Minha gravata tem buraco
E essa é toda minha vaidade!

Mas então, e a mão?
Já arrumei caneta, lápis e até teclado
Mas o principal eu quase nunca consigo
Pois ela só quer o que toda mão quer
Apenas um motivo

Acho que o bom é deitar o momento
Olha pra um lado, pro outro
Atravessa a rua
Com a primeira roupa da gaveta
Ta bonito, ta bonito!
Afinal, gosto não se discute...
E o seu, kutch?

O papel e o doente

Bota na ponta do lápis
Que o jogo é de campeonato
... ?
Emoção a frô da pele
Coração na ponta da caneta
...?

Mesmo que infame, o mais engraçado é
Que a força do trocadilho
Tá nos olhos de quem vê
Na zoreia quem escuta
Nem precisa ser bonito
Também não tem que agradar
Ninguém além de você
...?

A moda é repetir
Chatear é o que há
Incomodar é sempre bom
Agredir não tem porquê
O que vale é escrever!

E a conclusão?

O não se preocupar em permitir
É não saber o que se preterir
Até porque não há o que se proferir
Quando não tem o que se preferir

A mão não escolhe
É por força maior determinada
Acompanha e segue o ritmo
Peca na ansiedade
Enrola quando perdida
Mas não para nem quando cansada

Porque o que não tem remédio
Se cura com muleta
Se esquece com o tempo
Se engrandece escrevendo
Então, afinal...
O que entorta a tua caneta?


Eu